A flor do jardim dele,
menina doce,
moça pura.
A moça dele,
mulher dos olhos d'água,
pureza de menina.
Ela não está,
Foi caminhar,
Achar o mundo.
Ela se foi,
Pôs-se a andar,
Deixou o lar.
O moço lindo,
Dono da flor,
Homem amado.
O dono dela,
Amante amável,
Adorado.
Ele está,
Quis aguardar,
guardar o lar.
Ele ficou,
Quis esperar,
Viver o que há.
Ele sentiu medo.
Foi conversar,
Quis precatar.
Disse ser tempo,
Saudade doía,
Disse não arriscar.
Ela quis escrever,
O que não pôde dizer;
Que não tivesse medo,
Que era flor amada,
Seguramente plantada,
Num jardim perpetuada.